Regional
«Escrevo-vos por serem um dos jornais da cidade que me viu crescer, mas, acima de tudo, por serem credíveis e, até hoje, terem respeitado a informação que vos foi dada.
Relativamente ao que tem sido publicamente relatado, eu tenho a dizer que venci o concurso Miss Lusitânia (anteriormente designado por Miss Mundo Portugal), o qual elege a representante portuguesa do concurso Miss World. Parece-me que, ao contrário de muitos outros países, Portugal é um país de mentalidade tão pequena que não pode suportar a realização de dois “concursos de Misses” distintos (note-se que enquanto acontecia a Miss Mundo que contava com a presença da Miss Mundo Itália, passava num canal televisivo italiano o concurso Miss Itália).
De facto, não tive os apoios suficientes. Soube que assim seria no final do concurso que venci. No entanto, sabia que na minha “mala de cartão” levaria o patrocínio mais valioso: amor e respeito por quem me rodeia, apoio incondicional da família e amigos verdadeiros, a maturidade suficiente para saber que não são as roupas ou acessórios que fazem uma pessoa de carácter.
É com imensa tristeza que vejo reflectido na imprensa portuguesa que continua a ser mais fácil matar que dar a mão, deturpar a verdade que tentar compreender. É uma pena que o mundo não tenha a capacidade de se respeitar – é aí que começa o extermínio da guerra. Todos os dias começamos guerras pessoais nas nossas casas, nas escolas, no trabalho, na rua quando ignoramos alguém que nos olha e precisa de um sorriso.
O concurso Miss Mundo foi das maiores experiências da minha vida. Em momento algum posso dizer que foi fácil, posso sim dizer que aprendi onde mora a força humana e a possibilidade que eu (assim como todos nós) tenho de fazer o dia de alguém mais feliz. Aprendi-o quando dei a mão a crianças com Síndrome de Down, quando conversei sobre namorados com adolescentes, quando sorri a quem me olhava, quando visitei escolas e partilhei experiências…
Vim para Portugal com planos de fazer muito trabalho de caridade, vontade de trabalhar com as escolas, constituir grupos de “palhaços médicos”… Hoje sei que, muito provavelmente, nada poderei fazer enquanto concorrente portuguesa da Miss Mundo, mas juro que pela minha vida fora o farei, quanto mais não seja sozinha. Quem se quiser juntar a mim só me fará mais feliz.
Digo de coração triste que enquanto estive um mês longe de tudo e todos (como qualquer outra concorrente) a lutar e a dar o melhor de mim como mulher que ama o seu país, tive a minha família, os meus amigos, eu e todos os portugueses a ler mentiras descabidas e faltas de respeito intoleráveis. A quem foi feio o suficiente para o fazer eu só posso dizer: o respeito que sinto por mim e pelas pessoas que me possam ouvir ou ler permite-me apenas multiplicar a minha força e vontade de viver. O mal só se combate com bem.
Parti e voltei em amor.
Assim espero continuar.
Obrigada,
Sara Dias Leite»
Relativamente ao que tem sido publicamente relatado, eu tenho a dizer que venci o concurso Miss Lusitânia (anteriormente designado por Miss Mundo Portugal), o qual elege a representante portuguesa do concurso Miss World. Parece-me que, ao contrário de muitos outros países, Portugal é um país de mentalidade tão pequena que não pode suportar a realização de dois “concursos de Misses” distintos (note-se que enquanto acontecia a Miss Mundo que contava com a presença da Miss Mundo Itália, passava num canal televisivo italiano o concurso Miss Itália).
De facto, não tive os apoios suficientes. Soube que assim seria no final do concurso que venci. No entanto, sabia que na minha “mala de cartão” levaria o patrocínio mais valioso: amor e respeito por quem me rodeia, apoio incondicional da família e amigos verdadeiros, a maturidade suficiente para saber que não são as roupas ou acessórios que fazem uma pessoa de carácter.
É com imensa tristeza que vejo reflectido na imprensa portuguesa que continua a ser mais fácil matar que dar a mão, deturpar a verdade que tentar compreender. É uma pena que o mundo não tenha a capacidade de se respeitar – é aí que começa o extermínio da guerra. Todos os dias começamos guerras pessoais nas nossas casas, nas escolas, no trabalho, na rua quando ignoramos alguém que nos olha e precisa de um sorriso.
O concurso Miss Mundo foi das maiores experiências da minha vida. Em momento algum posso dizer que foi fácil, posso sim dizer que aprendi onde mora a força humana e a possibilidade que eu (assim como todos nós) tenho de fazer o dia de alguém mais feliz. Aprendi-o quando dei a mão a crianças com Síndrome de Down, quando conversei sobre namorados com adolescentes, quando sorri a quem me olhava, quando visitei escolas e partilhei experiências…
Vim para Portugal com planos de fazer muito trabalho de caridade, vontade de trabalhar com as escolas, constituir grupos de “palhaços médicos”… Hoje sei que, muito provavelmente, nada poderei fazer enquanto concorrente portuguesa da Miss Mundo, mas juro que pela minha vida fora o farei, quanto mais não seja sozinha. Quem se quiser juntar a mim só me fará mais feliz.
Digo de coração triste que enquanto estive um mês longe de tudo e todos (como qualquer outra concorrente) a lutar e a dar o melhor de mim como mulher que ama o seu país, tive a minha família, os meus amigos, eu e todos os portugueses a ler mentiras descabidas e faltas de respeito intoleráveis. A quem foi feio o suficiente para o fazer eu só posso dizer: o respeito que sinto por mim e pelas pessoas que me possam ouvir ou ler permite-me apenas multiplicar a minha força e vontade de viver. O mal só se combate com bem.
Parti e voltei em amor.
Assim espero continuar.
Obrigada,
Sara Dias Leite»
4 Comments:
Estas palavras são só o começo de uma batalha pela reposição da verdade.
Batalha que já vencemos pela razão que nos assiste e porque usamos a única arma necessária:- a Verdade.
Algures em Portugal existe alguém que nos deixará falar e é só isso que precisamos.
Porque nas nossas palavras os portugueses encontrarão mais que críticas e opiniões descabidas, dar-lhes-emos vontade e desejo de evoluir.
Bem haja Sara e que a vida continue.
Jorge
Sempre soube o q era verdade, sempre! *
As pessoas às vezes sabem ser bastante injustas.
Beijinhos
Sara, infelismente o povo portugues so se abituoucom as coisas feita, e tenha serteza de uma coisa para nos pizar e disso fazer fama, e o que se encontra uma miss, adoro esse tipo de evenet, fico idignado quanod as pessoas transforma isso commo ima bricadeira de "comida de barro" e esquece que atraves disso vc so faz o país crsses, divulgado e mostrando de uma grande forma o que portugal tem de melhor... Mas na sei se isso é culpa da organizaçao, mas isso na e da minha conta, percebi que vc não aparece em suas fotos com faixa e coroa, isso e uma falta de respeito... e sua identificaçao!!! o meu msn e odilio@hotmail.com fiz uma comunidade para vc no Orkut, como disse esses dias: Uma vez Miss, Sempre Miss...
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