March 28, 2006

Ilha


Arrombei a tua porta
Esbofeteei-te
Em soluço calado
Rompi mar adentro
De agulhas sangradas no coração

Fechei a minha porta
Sufoquei-me
Em dor garrida
Voei céu afora
De asas cortadas por olhares ausentes

Vivos de memórias penetrantes

Com o sangue parou o mundo
que despi por ti
Por insuportáveis ausências afogadas
Neste mar que me abrasa
Sou ilha em busca de terra

4 Comments:

Anonymous Anonymous said...

"Mar adentro" ou "céu afora", continua!

9:20 PM  
Anonymous Anonymous said...

sangue destilado com lágrimas, venenos e silêncios... estas somos nós!

te beijo

Ne

9:29 PM  
Anonymous Anonymous said...

as ausências.
sempre gostei de ler e escrever sobre elas...
são infinitamente inspiradoras.

8:56 AM  
Anonymous Anonymous said...

au.sênc.ias.lind.as.

10:00 PM  

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