April 24, 2006

Novelo


Serei sempre o mendigo que se alimenta das palavras mastigadas que acabas em mim.
Serei sempre a procura na tua ausência marcada com pilares que a minha vontade move.
Serei sempre a tua criança que espera a maturidade do teu olhar genuíno.
Serei sempre a lenda que te guarda na eternidade quando as horas são mortais.
Serei sempre a pagã que vira costas até um teu outro suspiro. Se disseres o meu nome serei crente, meu rei, eu juro.
Serei sempre... a desfiadora das malhas do sempre para que ele acabe desfeito em nós e linhas sem sentido, sem relógio, sem segundos significados ou pedidos.

3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

não sei porque raios insistimos nós mulheres e poetas em ser sempre algo para alguém :/

3:00 PM  
Anonymous Anonymous said...

Serás sempre o que sempre és.
*s

11:52 PM  
Blogger Mary Lamb said...

Também me farto de mendigar. Mas acabo por ficar sempre mais vazia, mais meliante e mais podre por dentro.
Mendigar não faz sentido. O que faz sentido é receber de quem sabe do que precisamos.

10:21 PM  

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