Novelo
Serei sempre o mendigo que se alimenta das palavras mastigadas que acabas em mim.
Serei sempre a procura na tua ausência marcada com pilares que a minha vontade move.
Serei sempre a tua criança que espera a maturidade do teu olhar genuíno.
Serei sempre a lenda que te guarda na eternidade quando as horas são mortais.
Serei sempre a pagã que vira costas até um teu outro suspiro. Se disseres o meu nome serei crente, meu rei, eu juro.
Serei sempre... a desfiadora das malhas do sempre para que ele acabe desfeito em nós e linhas sem sentido, sem relógio, sem segundos significados ou pedidos.
3 Comments:
não sei porque raios insistimos nós mulheres e poetas em ser sempre algo para alguém :/
Serás sempre o que sempre és.
*s
Também me farto de mendigar. Mas acabo por ficar sempre mais vazia, mais meliante e mais podre por dentro.
Mendigar não faz sentido. O que faz sentido é receber de quem sabe do que precisamos.
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