Castelo de Cartas
Sinto um emaranhado de palavras que pedem calma num papel, sinto uma dor domesticável que faz (querer) fechar as portadas da casa em que me habito… levando-me à solidão que tento adormecer num olhar que pede perdão.
Perdão por viver numa floresta
tão minha. Não é por mim que vocês cá não entram… Não vêem? Há ali ao fundo uma portinha disfarçada. Sim, eu quero a presença do mundo no mundo da princesa, num castelo de fortaleza… Só porque tenho medo, só porque sou assim não sei como.
Perdão por ver luzes
de cores diferentes.
Perdão por não decifrar o que me rodeia.
Há uma porta, enorme (mas mesmo assim camuflada), que vos pede baixinho que a empurrem e invadam a estabilidade que não me convém.
Há coisas demasiado simples para serem compreendidas.
Esta é apenas mais uma carta que constrói o castelo em que me escondo. Esta é apenas a dor da diferença que carrego (a diferença que mora em todo o meu lúmen, que amo mas tão pouco visível aos olhos dos outros… E então baixinho e cheia de medo, pergunto: serei feia?)
Um abraço último
que não consigo dar, como se não tivesse braços para agarrar quem amo. Já perdi tanto que não me atrevo a ter mais nada… mas nada é tudo o que vem e eu quero tanto tanta coisa.
I was looking for a place to stay.
Perdão por viver numa floresta
tão minha. Não é por mim que vocês cá não entram… Não vêem? Há ali ao fundo uma portinha disfarçada. Sim, eu quero a presença do mundo no mundo da princesa, num castelo de fortaleza… Só porque tenho medo, só porque sou assim não sei como.
Perdão por ver luzes
de cores diferentes.
Perdão por não decifrar o que me rodeia.
Há uma porta, enorme (mas mesmo assim camuflada), que vos pede baixinho que a empurrem e invadam a estabilidade que não me convém.
Há coisas demasiado simples para serem compreendidas.
Esta é apenas mais uma carta que constrói o castelo em que me escondo. Esta é apenas a dor da diferença que carrego (a diferença que mora em todo o meu lúmen, que amo mas tão pouco visível aos olhos dos outros… E então baixinho e cheia de medo, pergunto: serei feia?)
Um abraço último
que não consigo dar, como se não tivesse braços para agarrar quem amo. Já perdi tanto que não me atrevo a ter mais nada… mas nada é tudo o que vem e eu quero tanto tanta coisa.
I was looking for a place to stay.
Música no Castelo: Elisa - Rainbow
0 Comments:
Post a Comment
<< Home