June 19, 2006

O tempo que o tempo tem

Fotografia de Foureyes


Não tenho passado
Reavivo as memórias como filhas por quem tenho de olhar
Não tenho presente
Arrasto os dias que carregam cheiros de sonhos repetidos, como filmes que não queremos que acabem
Fim são três letras onde morrem todas as outras, que se colam ao ecrã da vida, em permanente rodapé.
Triste é o sabor que trago nos olhos pelas lágrimas que acabaram antes de existirem.
Adorno é o sonho que me amaldiçoa a noite com imagens puras.
Como uma palavra pode ser tão boa?
E por aí vou eu, fantasma de mim, à procura do que procuro sujeita a nunca encontrar. Talvez por te ter visto a minha história tenha sido amaldiçoada, talvez por te ter visto a minha vida tenha sido abençoada.
O meu baloiço, o carrossel de sentimentos que rodopiam nunca me permitindo ser quem não sou, lembrando-me sempre do que aqui ficou.
Ficar não é o contrário de partir.
Um beijo

4 Comments:

Anonymous Anonymous said...

deja vu ;o

dos bons!

e essa foto... fenomenal.

12:39 PM  
Anonymous Anonymous said...

hj falei em um tipo de rodopio, agora leio-te em outro tom. o dos sonhos, o das vontades...
te beijo

Nefertari

1:09 AM  
Blogger Andre_Ferreira said...

Fazes das palavras um carrossel, quando as leio o carrossel começa a girar e quando dou por mim vejo o mundo a andar à volta e parece-me que neste girar não há fim!
Beijinhos

2:11 PM  
Anonymous Anonymous said...

Definitivamente, a ausência de um corpo não significa que não tenha deixado em nós a sua alma, para sempre.

11:09 AM  

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