October 29, 2007

Estrangeira


Água fria no rosto.
Não lavas o cheiro que tatuaste na minha pele.
Confundiste todos os meus sentidos e eu perdi-me no teu jeito de amar.
Agora que estou longe, agarro-me aos minutos e corro, na esperança de que corram comigo. Mas o tempo não é meu amigo.

Lá encontro o dia e vivo ao ritmo de quem vive numa terra que não é a sua. Não é que seja feia, só não é sua.
Isto significa que os meus passos não ecoam nas ruas e que os jardins não escondem histórias minhas.
Isto significa que não ando apressada para chegar a algum sítio; não conheço os sítios, não tenho quem me espere.
A felicidade que sinto quando estou ao teu lado não me deixa sentir vazia quando estou longe… mas incompleta. Como se cá dentro faltasse qualquer coisa que não sei descrever. Não vou inventar metáforas, é qualquer coisa que não sei descrever. És tu que faltas no meu jeito de ser.

Os meus pés caminham ao longo da semana… Do caminho se faz a vida e, não tarda, estarei enrolada em ti, perdida no teu sorriso e extasiada com o teu cheiro.
Por enquanto guardo-me nas memórias e no doce sabor que é saber que me esperas.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Ter saudades é melhor do que caminhar sozinho.

2:53 PM  

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