April 10, 2007

Sin tu amor

Tenho saudades de ter um sorriso no coração e estrelas nos olhos.
Saudades de te ter naquela cama velha que chia e nos incomoda.
Tenho saudades de ver o mundo às cores. Agora é tudo tão monocromático, já não existe paladar, acabou-se o cheiro e o único sabor que sinto é o amargo do meu âmago.
Tenho saudades da tua voz.
Saudades da tua presença.
Saudades de passear de mão dada enquanto brinco e me chamas criança já chateado.
Tenho saudades de me arranjar para te encontrar, de, nervosa, te esperar. Saudades desses teus olhos que interrogam o meu corpo à chegada e eu, atrapalhada, finjo não notar.
Tenho saudades dos nossos segredos, de te contar ao ouvido a minha história preferida.

O teu corpo no meu? Essas são saudades tão profundas que as minhas palavras, quando lá chegam, se partem em lágrimas e escorrem.

4 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Ahh poeta!

...

olá?

1:48 AM  
Anonymous Anonymous said...

O mais bonito conjunto de palavras que por aqui vais deixando.
Neuza

7:48 PM  
Anonymous Anonymous said...

“Seja onde for, uma lágrima de dor, tem apenas um sabor e uma única aparência.
A palavra ‘saudade’ só existe em português, mas nunca falta um nome se o assunto é ausência. Solidão apavora, mas a nova amizade encoraja, e é por isso que a gente viaja, procurando um reencontro, uma descoberta, que compense a nossa mais recente despedida.
Nosso peito muitas vezes aperta, nossa rota é incerta, mas o que não é incerto na vida?”

Nu e cru, e tudo o que de bom isso significa.
Achei piada às “saudades desses teus olhos que interrogam o meu corpo à chegada e eu, atrapalhada, finjo não notar.”

“A vida é feita de(sses) pequenos nadas.”

1:47 AM  
Blogger c.bruno said...

Está maravilhoso. *

10:02 PM  

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