Precário
Se eu pudesse mudava tudo o que sou só para ser alguém diferente.
Melhor, pior, não importa.
Estou mais só do que sozinho
Deixei-me por caminhos que perdi
Não há maré que me molhe
E por mais que olhe
Que procure
Que finja
Não existe mais a minha casa
Não moro em mim, enfim, não moro nem no jardim
Não sinto o tempo
Sinto a irrealidade dos sonhos que me moram
Por isso morro, morro com eles como bolas de sabão beijadas pelo ar triste da realidade
Não há.
Apenas o vazio de ti que me apaga de mim
Vês esta marca?
Chama-se coração que bate sem razão
Não tenho moedas para pagar a entrada no meu circo precário.
Fecho as cortinas entregue ao meu calvário
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Vai
Só te peço que deixes a cama que já abandonaste há tempo demais.
Só peço que saias do corpo que carrego comigo, estou em desatino.
Como podes não estar aqui e continuar a controlar os meus movimentos como deus.
É por não olhares para mim que mendigo a tua direcção.
Só peço que me deixes em sossego, porque o movimento da minha alma é doentio e eu estou cansada.
Só peço que te vás de mim, porque há muito que saíste por aquela porta para não mais voltar. É essa a merda do sonho humano.
Ponto final
3 Comments:
Bigada pla tua visita!
Adorei as palavras k deixaste no meu canto e parece k não se podiam adequar melhor a minha situação neste momento.
Vou de certeza visitar o teu blog mais vezes... tens um jeito incrivel com as palavras!
Parabéns! =)
É por isso tudo que mudo de roupa todas as manhãs... nunca querendo ser o mesmo do dia anterior!
Custa desprender o passado. Parece que há sempre nele algo que o amarra a nós.
Mas afinal, para quê?
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