Mata-borrão
Quem me dera ser poeta
Escrever-te em linhas
E apagar-te com borrachas
Amar-te em palavras desconhecidas
Deixando-te em vírgulas
E pontos finais.
Cortar-te com traços diagonais
Como matéria fora do programa
Circundar-te em parênteses
Fazer de ti apenas
Uma indicação cénica da minha vida
Com um desligar de luz
Descentralizar-te do palco
Que fizeste teu
Protagonizas desfiles baralhados
Em que te amo e desprezo
Quem me dera, um dia
Agarrar louca num travessão
E dizer:
- Ainda bem que voltaste
3 Comments:
será que chegou a partir? ;)
pois, gata, acho que sim...
Com reticências em forma de sorriso...
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