November 11, 2005

I need to rest in arms


Desperto-te dos meus baús
Em que guardo os sonhos
De reencontros perfeitos
Em que nuances do teu cabelo
Se me colam ao peito
Em que a tua boca
Cala os meus gritos
Que as tuas mãos provocam

Desperto-te do mais belo
Compartimento de mim
Trato-te como rei do meu castelo
Amo-te como escrava exagerada
Bebo em gotas lentas
O teu retorno de luz
Sorrio e verto lágrimas
Da perplexidade que é abraçar-te
Um abraço primeiro
Selado na eternidade do incompreensível

Desperto-te
E mal trato-me com a dor da ilusão
Roubo ao passado
O odor dum corpo
Pelo qual o meu morreria
Pinto no futuro realidades impossíveis
Rasgo-te da fotografia dela
E escrevo linhas em que me queres.
Gemo com a boca quente
No pescoço gelado da tua ausência
Digo palavras de amor
Num olhar em silêncio
E que bem que sabe
O perdão dos erros passados
A redenção
Afivelo-te em torno do meu corpo
Que emagrece para que lhe juntes
Mais
E
Mais

Desperto-te para te chorar
E voltar a embrulhar em papel de veludo
Embalsamando-te junto com o meu amor

Desperto-te para te voltar a adormecer

5 Comments:

Anonymous Anonymous said...

muito bonito o teu poema.
obrigada por me deixares conhecer a tua escrita e o teu espaço.
voltarei :)

1:45 PM  
Anonymous Anonymous said...

Simplesmente magnifico.

11:54 PM  
Anonymous Anonymous said...

passei para agradecer o comment e deixar um oi :)

7:41 PM  
Anonymous Anonymous said...

é... eu tb amiga, tudo isso!
te beijo

11:50 PM  
Blogger SpiritMan aka BacardiMan said...

Bonito, muito amor de facto!!
Temo por vezes cair, ou que se caiem, em desejos de posse. Pois quando só perdemos o que temos, o melhor mesmo é partilhar, e apenas partilhar, em plena liberdade...

Beijo mixed by Jameson

12:24 PM  

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