Há Fantasmas que me comem as noites. Há, nesses momentos, gritos de socorro que se perdem no ar pesado de quartos que me aprisionam. Há o constante pesadelo em que peço salvamento, dilacerada pelo terror que me entope as narinas, mas a voz não sai.
Fantasmas que mastigam os meus sonhos, se aninham no meu desespero e eu... rodo, rodo, encolho-me o mais que a física permite, giro, desperto, bato as pestanas o mais que posso nas pálpebras, arregalo os olhos, que quase me saem das órbitas, para enfrentar os meus inimigos invisíveis. Rezo, perco-me em orações mágicas que levem dali aquela
noite de tormenta... Mas a varinha salvadora esqueceu-se de mim, e eu choro
agarrada à dor de sentir o medo rebentar-me as entranhas.
Estou encurralada. Peço que a noite vá a correr e me deixe a luz apaziguadora.
Há Fantasmas...
Fantasmas que me atormentam.
3 Comments:
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aldeias brancas
curvas num copo de terra
na luz tocam sinos a repique
o coração é uma aldeia branca.
Há pedras marcadas
Linhas num rosto severo
E uma dúvida tão humana.
A rua escorre ainda
A estrada leva ainda
Na cor do vento vens tu.
para ringthane: vale deixar apenas um sorriso? Foi o que me deste. Há gestos que mudam os dias das pessoas que nos cruzam... brigada por vires e deixares um pouco de ti no meu dia
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