October 26, 2005

Hoje foi assim...

Devaneios

Tenho todos os sentidos confundidos num
Que és tu
Todos os desejos tolos
Nascem e morrem
Na metáfora que és,
Na hipérbole de te ter.
Todas as minhas fugas
Se encontram num único ponto
Ponto de fuga
O brilho de te amar
Descobrindo-me no teu querer
Encontra-me para que me possa perder
Sem culpas
Culpar-te da minha felicidade
Sem pudores
Despir-me e vestir-me de ti
Sem mais desejos
Tocar-te e parar o Tempo.


Demoro-me nas letras na esperança de que este poema não mais acabe, cada palavra tem o cheiro perdido de uma ilusão real que vivi sem por ela ter a possibilidade de morrer.

Música no Castelo: Filarmónica Gil - Deixa-te ficar na minha casa

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Gostaria de poder escrever, escrever, escrever até o braço doer, arrancando as palavras que vivem dentro de mim e, cheia de fúria, colá-las ao papel, pregá-las até para que não mais saiam, para que não mais as tenha de engolir.
Estão vivas cá dentro, não param de mexer, agitadas e tristes gritam o meu dia de preto.

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Estou louca, imagino-me em nadas redondos. Estou louca, não quero escrever mais. Que a merda desta solidão se apague ou me consuma de vez!

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A música encontrou-me
Abriu os braços
Embrulhou-me em notas quentes
Que derreteram o gelo da Alma
A música trespassa-me
Em segredo ama-me
Constrói o castelo
Que o vento do mundo
Hoje destruiu.

Música no Castelo: Loreena Mckennitt – Dicken’s Dublin (The Palace)

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Haverá um momento em que o silêncio me inunda e toma. A escravidão das palavras atormenta-me…
Mal agradecida, as palavras resgatam a minha solidão. Pagam aos sequestradores a minha liberdade.

silênciosilênciosilênciosilênciosilênciosilênciosilênciosilênciosilênciosilênciosilêncio

2 Comments:

Blogger Voodoo-Goodfellow said...

UAU! Brutal! ... *

10:57 PM  
Anonymous Anonymous said...

tuas palavras tem segredos, mewsmo contadas somente para o papel.
decobrir-se no outro é descobrir-se nua...


te beijo

nefertari

6:46 PM  

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