Carta
Deixo-te, em cima da cómoda, as chaves.
Os pedidos de desculpa esgotaram-se naquele vão de escada que olho. Aquele momento cru em que as bocas se calam e os olhos deixam escorrer as últimas palavras. Não sei o que as nossas disseram, mas ouvi, em mim, o estilhaçar de dois corações que amaram e se amarraram.
Não me lembro de onde adormeci ontem, sei que acordei no vazio do frio de Novembro. Despedi-me. Dos olhares, dos cheiros, do chão de casa, dos banhos
Feri-te por não te saber amar da forma ideal. Feri-te pela inconsciência do que sou.
Junto as minhas coisas, como quem vai arrumando o tempo de pensar. Pego num bloco onde te escrevo até já.
Terei de partir, para onde não sei. Sentar-me sozinha, viver-me esta dor de ser quem sou.
Deixo-te porque há muito me deixei.
Vou-me porque matei a verdade que existia em mim.
Apaguei os candeeiros em mim e segui pelas ruas estranhas do meu mapa. Talvez um dia me encontre e aprenda a amar-te sem te magoar.
Por agora parto sem rasto, sem contacto, sem identificação do nada que sou.
Talvez não dês pela minha falta.
Que te ames, meu bem, tanto quanto te amo. Como sempre te vou amar… agora em silêncio.
Que te encontres, meu querido, longe das feridas que te fiz e vi sangrar.
Deixo-te, em cima da cómoda, as chaves. Na garagem, o carro. Na cama, o adeus.
Os pedidos de desculpa esgotaram-se naquele vão de escada que olho. Aquele momento cru em que as bocas se calam e os olhos deixam escorrer as últimas palavras. Não sei o que as nossas disseram, mas ouvi, em mim, o estilhaçar de dois corações que amaram e se amarraram.
Não me lembro de onde adormeci ontem, sei que acordei no vazio do frio de Novembro. Despedi-me. Dos olhares, dos cheiros, do chão de casa, dos banhos
Feri-te por não te saber amar da forma ideal. Feri-te pela inconsciência do que sou.
Junto as minhas coisas, como quem vai arrumando o tempo de pensar. Pego num bloco onde te escrevo até já.
Terei de partir, para onde não sei. Sentar-me sozinha, viver-me esta dor de ser quem sou.
Deixo-te porque há muito me deixei.
Vou-me porque matei a verdade que existia em mim.
Apaguei os candeeiros em mim e segui pelas ruas estranhas do meu mapa. Talvez um dia me encontre e aprenda a amar-te sem te magoar.
Por agora parto sem rasto, sem contacto, sem identificação do nada que sou.
Talvez não dês pela minha falta.
Que te ames, meu bem, tanto quanto te amo. Como sempre te vou amar… agora em silêncio.
Que te encontres, meu querido, longe das feridas que te fiz e vi sangrar.
Deixo-te, em cima da cómoda, as chaves. Na garagem, o carro. Na cama, o adeus.
6 Comments:
È pra me fazer chorar e dizer k t amo?
Porquê levantar paredes em vez de construir pontes?
Porquê levantar paredes em vez de construir pontes?
Espero que te encontres e que voltes, e mudes o "adeus" da cama para um "até breve", porque o amor merece sempre uma segunda hipótese.
Bjs
Nao deixes, nao deixes nada para tras porque nao sabes do que vais precisar mais à frente, a vida é cruel, mas tao boa ao mesmo tempo, nao vale a pena perder tempo a chorar...so se me saísse o Euromilhoes...aí até eu chorava =)
Bjo, acho que me conheces.
Nossa.
esta carta bem que poderia ter sido escrita por mim... é assim que me senti algumas vezes...
te beijo
Nefertari
taismorais.blogspot.com
marmotaeletrica.blogspot.com
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