Laranjeira
É preciso alguma coragem para decidir enfrentar quem somos, como se o presente e futuro dependessem da assimilação do passado, do arrumar das gavetas, do olhar de frente para o que, em tempos, era impossível olhar tamanha a crueldade que relembrava.
É preciso alguma coragem para procurar as chaves que nos abrem o futuro, sabendo que elas se escondem nas encruzilhadas que saltámos sem resolver.
Os cofres, não se abrem com palavras de auto-compreensão, com lágrimas que moeram por cada erro que matou quem amamos, mas é um começo… e para todos os caminhos há o primeiro passo, este foi o meu!
Não acredito que seja tarde, não acredito que o tempo possa medir a grandiosidade de vidas que, todos os dias, acordam sem saber ao certo que rumo tomar, domando todos os leões interiores e exteriores para que, ao fim do dia, tenha valido a pena, tenha crescido mais uma laranja no seu quintal. Pode sim, já ter magoado, maltratado, espezinhado quem mais queremos; cabe-nos fechar os olhos e acreditar que quem ama por gosto não cansa.
É preciso alguma coragem para compreender que no futuro está a nossa imagem, está o nosso ideal que pode ser conquistado.
Arregaço mangas, enxugo lágrimas, aqui estou eu. Fiz-me, soube-me crescer e remar contra o que, para mim, não desejava. Não, não fiz tudo isto sem mazelas ou sequer sem erros. Hoje só quero ter fé para acreditar que os erros são pistas que a vida nos dá para que possamos, cedo ou tarde (ou vá-se lá definir tempos), descobrir quem somos e entregarmo-nos em paz.
Assim te espero, eu, no sonho de que sintas quem sou, sem truques ou pós. É preciso alguma coragem para esperar…
É preciso alguma coragem para procurar as chaves que nos abrem o futuro, sabendo que elas se escondem nas encruzilhadas que saltámos sem resolver.
Os cofres, não se abrem com palavras de auto-compreensão, com lágrimas que moeram por cada erro que matou quem amamos, mas é um começo… e para todos os caminhos há o primeiro passo, este foi o meu!
Não acredito que seja tarde, não acredito que o tempo possa medir a grandiosidade de vidas que, todos os dias, acordam sem saber ao certo que rumo tomar, domando todos os leões interiores e exteriores para que, ao fim do dia, tenha valido a pena, tenha crescido mais uma laranja no seu quintal. Pode sim, já ter magoado, maltratado, espezinhado quem mais queremos; cabe-nos fechar os olhos e acreditar que quem ama por gosto não cansa.
É preciso alguma coragem para compreender que no futuro está a nossa imagem, está o nosso ideal que pode ser conquistado.
Arregaço mangas, enxugo lágrimas, aqui estou eu. Fiz-me, soube-me crescer e remar contra o que, para mim, não desejava. Não, não fiz tudo isto sem mazelas ou sequer sem erros. Hoje só quero ter fé para acreditar que os erros são pistas que a vida nos dá para que possamos, cedo ou tarde (ou vá-se lá definir tempos), descobrir quem somos e entregarmo-nos em paz.
Assim te espero, eu, no sonho de que sintas quem sou, sem truques ou pós. É preciso alguma coragem para esperar…
2 Comments:
"os erros são pistas que a vida nos dá para que possamos, cedo ou tarde (...), descobrir quem somos"
eu acredito que sim.
e sim, "é preciso alguma coragem para procurar as chaves que nos abrem o futuro"... muita coragem, diria até.
Que 2007 contenha muita coragem. Para ambas, porque de certa forma me revejo em partes do que escreveste.
Feliz Ano Novo!
Para quem sabe esperar, tudo vem no tempo certo.
Post a Comment
<< Home